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Exames complementares para diagnóstico de DTMs

O que são os exames complementares e por que eles são necessários?

Você sabia que o diagnóstico das Disfunções Temporomandibulares (DTMs) começa muito antes de qualquer exame de imagem? Na verdade, cerca de 70% da precisão no diagnóstico vem de uma conversa detalhada entre o especialista e o paciente.

Contudo, os exames complementares representam peças fundamentais do quebra-cabeça clínico, pois ajudam a confirmar suspeitas ou descartar doenças graves. Eles não substituem o exame físico, mas adicionam informações vitais para um plano de tratamento seguro.

Os principais tipos de exames para diagnóstico de DTM

Frequentemente, os pacientes ficam confusos sobre qual exame realizar, mas a escolha depende diretamente do que o profissional precisa “enxergar”. Basicamente, dividimos os exames em dois grandes grupos: aqueles que mostram os ossos e aqueles que mostram os tecidos moles, como os discos e ligamentos.

Tomografia Computadorizada

Imagem de uma tomografia da ATM, mostrando um processo degenerativo em curso.

Se o dentista suspeita de problemas ósseos, como fraturas, tumores ou degenerações como a osteoartrite, a tomografia é a escolha ideal, considerado o exame padrão ouro para avaliação das estruturas ósseas. Atualmente, a Tomografia Cone-Beam é a mais utilizada na odontologia, pois oferece imagens detalhadas com uma dose menor de radiação que os modelos tradicionais. Além disso, ela permite ver alterações iniciais, como pequenos desgastes na cabeça da mandíbula.

 Ressonância Magnética

Imagem de uma ressonância magnética da ATM, onde podemos observar estruturas moles como o disco articular. (Observe a pequena seta branca)

Por outro lado, se a queixa principal envolve estalos, travamentos ou dores musculares profundas, a Ressonância Magnética é indispensável. Este exame não utiliza radiação e é o único capaz de mostrar com clareza a posição do disco articular durante o movimento de abrir e fechar a boca. Portanto, se você sente que sua “mandíbula sai do lugar”, este é o exame que mostrará exatamente o que está acontecendo com o seu disco.

Exames de rotina: Radiografia Panorâmica e Transcraniana

Embora sejam exames comuns e de baixo custo, as radiografias simples possuem limitações no diagnóstico de DTM. A radiografia panorâmica serve como uma triagem inicial para descartar infecções dentárias ou problemas ósseos maiores. Já a radiografia transcraniana, apesar de ter sido muito usada no passado, hoje é pouco indicada devido à sobreposição de imagens que dificulta a visão nítida da ATM.

Quando o especialista deve solicitar esses exames?

Em suma, nem todo paciente com dor na face precisa de uma ressonância ou tomografia imediatas. O profissional solicita esses exames apenas quando o histórico clínico e o exame físico não são suficientes para definir a conduta clínica e o tratamento a ser proposto.

Acima de tudo, lembre-se: as imagens sozinhas não fecham o diagnóstico. É a combinação entre o seu relato de dor e a análise técnica das imagens que garantirá o sucesso do seu tratamento.

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