Muitas pessoas acreditam que o bruxismo é uma disfunção temporomandibular (DTM). Porém, essa afirmação não está correta. Embora o bruxismo e as DTMs possam estar relacionados, eles são condições distintas, com origens e características próprias.
As DTMs envolvem alterações na articulação temporomandibular (ATM) e/ou nos músculos responsáveis pelos movimentos da mastigação. Esses distúrbios geralmente provocam sintomas como dor na face, estalos ou travamentos na mandíbula e até dificuldade para abrir ou fechar a boca.
Já o bruxismo não é considerado uma DTM, mas sim um comportamento parafuncional — ou seja, uma atividade fora da função normal da mastigação. Ele pode se manifestar como bruxismo do sono (apertamento ou ranger dos dentes durante a noite) ou bruxismo em vigília (quando ocorre durante o dia). As principais causas incluem estresse, ansiedade, distúrbios do sono, fatores neurológicos e até hábitos de vida pouco saudáveis.
Embora não seja classificado como uma DTM, o bruxismo pode gerar consequências sérias na boca e nos músculos da face. Entre os principais efeitos estão o desgaste dental, fraturas em dentes restaurados, dores de cabeça tensionais, além de sobrecarga na articulação temporomandibular, o que pode desencadear ou agravar uma DTM. Ou seja, o bruxismo não é uma DTM, mas pode causar DTM.
Se você sente dores musculares na face, dores de cabeça, dificuldade para abrir a boca ou percebe desgastes dentais, é essencial procurar um dentista especialista em DTM e bruxismo. O tratamento pode envolver placas interoclusais, técnicas de relaxamento muscular, terapias comportamentais e mudanças nos hábitos de vida.
E lembre-se de uma dica simples para aliviar a sobrecarga nos dentes: mantenha seus dentes desencostados sempre que não estiver comendo ou falando. Esse pequeno hábito pode fazer uma grande diferença na prevenção dos danos do bruxismo.